Parecia até anunciado. As velhas raposas da política catarinense estavam com seus dias contados a partir de suas convenções que escolheram os candidatos ao governo. Foi um desastre anunciado quando os nomes bem posicionados nas pesquisas pré-convenções foram devidamente rifados.
Nomes como Esperidião Amim, Paulo Bauer e Napoleão Bernardes foram despachados para dar lugar a Gelson Merísio e Mauro Mariani, dois ilustres desconhecidos se comparados a todos os outros nomes envolvidos nas composições. A terceira força parecia ser a do PT com Décio Lima largando na frente, mas perdendo força no decorrer da campanha.
O que pouca gente contava foi com o candidato do PSL, Comandante Moisés, escolhido na última hora. Tanto é verdade que ele próprio admitiu no final da campanha que o seu plano de governo apresentado para a justiça eleitoral é superficial porque foi produzida em cima da hora. Informações de bastidores dão conta que nem bem seu nome estava mapeado para a candidatura. Antes teriam sido sondados empresários do litoral norte do estado e convidada Geovania de Sá, deputada com base em Criciúma reeleita pelo PSDB.
Moisés venceu somando 2.644.179 contra 1.349.138, de nulos, brancos e abstinência. Portanto, Moisés não derrotou somente Merísio, mas sim toda a estrutura política catarinense. Foi um estrago. Só restou o Amim.