Por conta do convite do BC Shopping/GNC fomos assistir a pré-estreia de Era Uma Vez em Hollywood, o mais novo filme de Quentin Tarantino. Um longa de praticamente três horas de duração que mostra um Tarantino mais evoluído, irresponsável e cada vez mais distante do apelo da violência.
Apoiado em dois talentos indiscutíveis que são Leonardo Di Caprio e Brad Pitt, o diretor coloca os dois personagens – um esforçado ator de western, sempre vilão e seu dublê – na inusitada vizinhança (de portão) da casa Roman Polanski no fatídico 1969. Justamente no ano da tragédia protagonizada por parte da “família Mason” que resultou na morte da atriz Sharon Tate.
Porém, Tarantino não esboça qualquer sinal que venha resultar no envolvimento dos personagens com a vizinhança. Pelo contrário. Na monotonia genial do diretor, os personagens são construídos, assim como as cenas memoráveis que não podem faltar em uma película de Tarantino. Ah, não esquecendo da trilha escolhida sempre de bom gosto.
Na sua irresponsabilidade, Tarantino é capaz de subverter os fatos que contaram a história da morte de Tate (grávida) e amigos (Polanski não estava em casa) no seu final. Sim, cenas finais com direito a violência sem pudor, mas que deixa a sensação de um faz de conta digno de “era uma vez”.