De forma surpreendente, o presidente do Legislativo, vereador Omar Tomalih, propôs a redução do número de vereadores para 11. Ele se deu conta três anos e oito meses após tomar posse da Câmara de Vereadores. Antes dele dois vereadores tomaram a mesma iniciativa: Moacir Schmidt e Marcelo Achutti. Tomahli não se prestou a assinar o apoio ao projeto de Achutti para poder ir a plenário.
O que mais surpreende é um presidente da casa não saber que para alterar o número de vereadores precisaria de assinaturas de seus pares (são sete) e ter proposto sem qualquer assinatura, fato que teria provocado a retirada do tal projeto. Isso tudo na boca da campanha eleitoral. Não só isso, a proposta seria para 2024, já que para fazer valer para agora teria que ser aprovado um ano antes da data da eleição (atualização: fui informado que de acordo com a Lei Orgânica e o Regimento Interno a aprovação da redução seria para a próxima legislatura, contrariando meu entendimento constitucional em seu artigo 16, capítulo IV).
As propostas de redução de Moacir e Achutti são bem anteriores a data limite para a aprovação. O projeto de Moacir não chegou a ir para o papel, já a de Achutti faltou uma assinatura, apenas uma que poderia ser de Tomahli.
A verdade é que nenhum dos vereadores está mesmo a fim de reduzir nada, senão já teriam aprovado há muito tempo. Lembro que, no intuito de ajudar, sugeri a um vereador de primeira viagem que ele fosse o autor da proposta, isso lá no início da legislatura em 2017. Ele nem deu bola pro Bola. O próprio Achutti poderia ter feito um barulho na época, afinal faltava uma só assinatura, mas não o fez.
Enfim, a eleição está aí, uma eleição diferente sem coligação na proporcional que irá exigir muito mais dos candidatos. Melhor disputar 19 do que 13 ou 11 vagas, certo?
Foto ilustrativa: Joakim Honkasalo/unsplash.com