A reação a Lula
Presidente já sentou na mesa de bar na cidade cercado de conservadores.
Lula, o presidente da República, andou falando de Balneário Camboriú. Não da cidade propriamente dita, mas do reduto bolsonarista que, para ele, politicamente não afeta em nada. A reação foi imediata. Prefeito e vereadores fizeram vídeos, alguns educados/protocolares, outros nem tanto. Lula foi chamado de cachaceiro, o que para a liturgia política é lamentável.
As pessoas transformadas em autoridades via voto popular sempre preservaram a etiqueta de saber debater a boa política. Com o extremismo o cenário virou arquibancada de campo de futebol onde o ritual é mesmo xingar. Nos anos 80 Lula esteve aqui. Foi recebido no Posto do Jaison onde hoje é o Posto Márcio na Terceira Avenida. Cercado de conservadores como mostra a foto dois deles (o que está atrás desconfio que seja o Julinho Moro). Meu amigo Jonas Ramos Júnior, na época secretário de Harold Schultz, e Abel Ávila dos Santos que sempre militou pela Arena como deputado eleito. Estive lá. Havia muito mais conservadores no posto bebendo, comendo e dando risada. A única dissonância foi Bira Osório que chamou Lula de vagabundo por tabela, atitude isolada e sem aplausos dos presentes.
Lula falou que a cidade tem sombra. E tem. Tanto um dos argumentos para o engordamento da faixa foi justamente esse. Lula falou que é uma praia de grã-fino. E é, imagina se ele diz que é uma praia de pobre cairia o mundo. Por fim, Lula diz que os grã-finos não vão a praia. Olha, não tenho como afirmar, mas acredito que não vão mesmo.
Tivemos um presidente que pouco olhou pela cidade nos últimos quatro anos. O que melhor aconteceu foi aquele vídeo editado no centro de eventos na véspera da eleição que rendeu boas risadas. Não sei se Lula é raivinha para não enviar grana porque chamaram ele de cachaceiro. Para o estado de Santa Catarina ele não tem olhado para as urnas que lhe foram desfavoráveis e vem enviando grana para acelerar as obras das rodovias federais que tanto reclamamos que nunca acabam.
Aos políticos desejo que saiam da arquibancada e exercitem a política respeitando as diferenças.
