Nove nomeações e sete nomes alternaram o cargo de secretário de educação na era Fabrício Oliveira em seus oito anos comandando a cidade de Balneário Camboriú. A dança de cadeira demonstra que a educação não foi prioritária para um governo que se apresentou à cidade como novas ideias, pelo contrário, na soma de desacertos, o mais simbólico dos atos foi a demolição do CIEP.
A primeira formação do secretariado foi apresentada em festiva e concorrida solenidade que aconteceu na sede do Clube Ariribá no dia 10 do ano de 2017. Foi uma espécie de grupo de notáveis (veja foto abaixo), escolhido a dedo, com um detalhe, não havia ainda o titular da educação que seria nomeado somente dia 5 de janeiro. Denize Leite, a única mulher do universo masculino dos notáveis do novas ideias não durou muito, assim como a composição do secretariado original.
Denize foi exonerada em agosto do mesmo ano para, mais tarde, retornar como titular da Fundação Cultural. No seu lugar foi nomeada Rosângela Borba que comandou a educação por mais de três anos, período que a pasta mais se destacou. Sem apoio do prefeito e fritada no ambiente corrosivo da educação, Rosângela caiu para dar lugar a Marilene Cardoso, considerada uma gestão ausente e sem compromisso com a educação. Permaneceu por todo o período da pandemia e vazou na virada de 2022 para 2023.
A partir daí a secretaria de educação virou uma pasta de nomeações rotativas/políticas. Primeiro com Elisabete de Almeida Souza que, de janeiro de 2023 até hoje vira uma espécie de tapa buraco entre uma nomeação e outra. Ela fica por praticamente um mês a frente da pasta para dar lugar a Marcelo Achutti que, de ferrenho opositor, vira apoiador do prefeito Fabrício Oliveira.
Chamado de “Mazoca da educação”, nome alusivo a um ex-desafeto alcunhado de cabeça de camarão durante a gestão oposicionista de Achutti, o novo secretário preocupou-se em reformar escolas durante seu período que durou um pouco mais de um ano.
Na sequência foram nomeados Elisabete de Almeida Souza novamente, seguido da gestão meteórica de David Klitze que durou praticamente uma semana; Elisabete de Almeida Souza, de novo, e, finalmente o professor Otto Alfonso Thiel nomeado um dia antes de ser anunciada a ocorrência de sarna em uma das creches da rede municipal.
O novo secretário foi colocado em prova numa entrevista ao programa Bote a Boca no Trombone na manhã de segunda-feira, quando os radialistas Caleb Moreno e Adilson Souza procuravam por um secretário de educação para falar sobre a pauta da sarna e eis que surge o professor que sequer havia sido anunciado oficialmente como o novo titular da pasta. E o pior, seus argumentos a respeito da ocorrência foram desmentidos no ar por professoras do educandário.
Esse é o trajeto da educação durante os oito anos do governo de Fabrício Oliveira, uma gestão que não construiu nada de escolas, botou abaixo o CIEP (veja a foto com a escultura de autoria da artista plástica Enedina, a única recordação viva do educandário que foi modelo pedagógico pela sua proposta de educação integral) e o pior de tudo, encarou a educação como custo, e não investimento, ao se livrar das crianças empurrando-as para a rede privada, uma atitude de economia aos cofres públicos e sem qualquer informação pública relatando os resultados práticos da compra de matrículas nas escolas privadas.
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Este homem de “Deus “um verdadeiro prefeito tamandua que abraça as criancinhas colocando um decreto a vacina da covid como facultativa,que acaba com o plano de carreira dos professores,que veta remédios na rede municipal para crianças com fibromialgia,mais parece um dos cavaleiros do apocalipse do que um gestor público que deveria antes de tudo ser humano e ético.