O liberou geral de Fabrício Oliveira

Personagem ligada a construção civil questiona fala do prefeito.

O prefeito Fabrício Oliveira circulou um vídeo onde busca politizar o tema da revisão do plano diretor da cidade falando que “a velha política volta a assombrar Balneário Camboriú” e sobre “sem regras”, “vale tudo” e “liberou geral”. Assim que viu o vídeo, um personagem intimamente ligado a indústria da construção civil comentou, espantado, “tô pasmo com esse vídeo”. Para ele, o que prefeito fez, na verdade, foi uma crítica ao seu secretário de planejamento, Rubens Spernau, que comandava a cidade quando o plano diretor foi aprovado.

O questionamento feito pelo personagem foi como o prefeito fala em liberou geral, vale tudo e sem regras se todo o desenvolvimento da cidade foi baseado nas regras impostas pelo plano diretor? Outra: esqueceu que ele governou a cidade por oito anos? Ele lembra que a lei aprovada essa semana revogou uma lei que não permitia alteração no PD em período eleitoral. Seu objetivo foi justamente de acabar com qualquer possibilidade de suspeita de negociata por parte dos vereadores.

Mesmo com a emenda tabajara (expressão cunhada pelo JP3) aprovada na lei que revoga a proibição do trâmite, os vereadores da atual legislatura voltam à cena da desconfiança e os colocam na condição de sob suspeita no radar do Ministério Público. Para ele, vereadores mal-intencionados receberam carta branca para agir nos bastidores naquele velho estilo do me ajuda agora que te ajudo depois. Lembrou ele também que alguns vereadores não serão candidatos e tocar o “foda-se” fica mais fácil ainda.

Recordando o assunto PD: sua revisão já estava programada para iniciar no governo de Edson Renato Dias e não foi. Deveria então ser revisada no governo de Fabrício Oliveira. Passaram-se oito anos e o trâmite preguiçoso não foi concluído. Agora querem concluir logo o PD para, como diz o prefeito, “busca impor regras para o crescimento da cidade”, como se em todo seu período de governo não houvesse regras.

Quando o discurso parte para o interesse político, nestas alturas eleitoral, ele costumeiramente peca pela incoerência e insensatez.