O evento da extrema direita realizado em BC atraiu as mais famosas lideranças do país, além de representantes de outros países, algumas figuras bizarras intelectualmente e o presidente da Argentina, Javier Milei, figura controversa, mas adorada pela claque nacional. Mas o que mais chamou a atenção foi a campanha “eu também sou direita” que invadiu os arrouba de todas as redes sociais. A que se destacou foi a candidata Juliana Pavan, tida como uma alternativa de poder, mas que se revelou uma extensão na disputa de quem é mais direita com o prefeito do PL, Fabrício Oliveira.
Fabrício continua a fazer seu jogo de levar Piter a tiracolo, e devidamente combinadinhos, para tudo quanto é lado. Chega a parecer patéticas as cenas em que aparecem juntos, o Píter como um verdadeiro peixe fora da água. Este evento também serviu para dar uma turbinada na candidatura de Jair Renan. Estava em todas, ao lado do pai.
Já Juliana parece que sentiu a pecha lançada de ser uma esquerdista. “Keimousse”, como nos sticks do whats da vida e tratou de descolar algo provocado por seus adversários. Caiu na armadilha de transformar a eleição municipal num cenário ideológico quando, na verdade, a população quer mesmo é saber da solução de seus problemas cotidianos.
Primeiro foi até Chapecó passar uns dias com João Rodrigues, também bolsonarista, mas PSD. Lá ela teria recebido um conselho, esquece esse dualismo que querem imprimir porque só sairá perdendo. JR teria dito, mostre a população que Fabrício é um falso liberal. Mostre que ele na prática é um político que inchou a máquina administrativa com mais de 30 cargos de primeiro escalão, um exagero para uma cidade tão pequena em comparação a Chapecó que não tem 20 cargos.
Mas parece que Juliana não escutou seu mestre oestino. Fez questão de fazer selfie com todos os bolsonaristas, todos filiados ao PL, partido de seu adversário. No fundo, no fundo, quem tem alguma razão é CH pai que lembra estar no PL antes da onda bolsonarista. Estava, não é?
A atitude de Juliana deve afastar de sua candidatura os partidos mais de centro esquerda e votos, também. Talvez no cálculo do seu núcleo isso possa ser insignificante. Muito provável apostam na migração de votos do candidato do PL, mas aí o condicionante sai do deve para o pode, um risco que será avaliado nas próximas pesquisas. Se a tendência for de mudança dos números terão que correr atrás de outras estratégias no que poderá ser tarde demais.