Imagens vindas da Sérvia deixa o público ocidental curioso, afinal o “que se passa” na Sérvia? Aleksandar Vucic está em campanha política (eleições por agora). Quando no dia 14 de março foram registrados 47 casos em um país de 7 milhões de habitantes, Vucic declarou estado de emergência que se estendeu até 17 de maio.
Ao contrário do ignóbil presidente do Brasil, Vucic não se comportou como um negacionista. Ele capitalizou para si toda a situação. Segundo reportagem publicada na Isto É, “em março, o Partido do Progresso (SNS, oficialista) ocupou 99% do horário nobre em cinco redes nacionais de televisão, de acordo com a rede de monitoramento de mídia CRTA. Em abril, a taxa caiu para 92%”. A grande maioria da população aprova seu comportamento.
Na mesma Isto É: “a ONG Freedom House acredita que a Sérvia não é mais uma democracia, mas um ‘regime híbrido’ com um chefe de Estado usando ‘as mesmas ferramentas antidemocráticas’ que o húngaro Viktor Orban”. Enfim, praticamente um Bolsonaro às avessas.
Desde 1o de junho as atividades esportivas ao ar livre estão liberadas “desde que seja respeitada a distância social”. Justamente o que não se viu em dois eventos que repercutiram por todo o planeta. O clássico Partizan e Estrela Vermelha reuniu 25 mil pessoas com todos os ingredientes de uma situação de normalidade. O evento promovido por Novak Djokovic também expôs ao mundo como é encarado o vírus na Sérvia, ou seja, como se ele não existisse. A imagem de Djoko saiu arranhada após o evento. Quem gosta do tenista ficou de nariz torcido. Quem já não gostava de Djoko o torneio e a boate cheia de gente foram motivos para reforçar sua rejeição.
Por outro lado, segundo a reportagem da Isto É “escolas, cinemas e vários outros locais públicos permanecem fechados, comícios partidários estão proibidos e grandes manifestações também não podem ser realizadas”. Bolsonaro não é Vucic.
Foto: site oficial tennis365