Reconhecido mundialmente pela cobertura de eventos esportivos, o fotógrafo Alberto Ferreira encontrava-se mergulhado no universo da fotografia documental, registrando detalhes dos locais por onde passou entre as décadas de 1950 e 1970. Ícone na história do fotojornalismo brasileiro, Alberto Ferreira criou fotografias que carregam em si muito mais que a estética documental: a História do Brasil e de seu povo.
Parte de sua obra estará na mostra relâmpago Alberto Ferreira na Casa Jaguar XE, em São Paulo (29 de outubro a 2 de novembro). Para esta exposição, foram selecionadas fotografias de séries diferentes, entre as quais destacam-se Rio de Janeiro – com cenas corriqueiras da cidade, como um grupo de jovens trocando o pneu do carro, um homem arremessando um balde d’água em frente ao Morro do Castelo, garotas em traje de banho, entre outras. e Carnaval – em que o fotógrafo acompanha de perto os movimentos das mulatas sambando. Sobre esta última série, Paulo Kassab Jr., diretor cultural da Galeria Lume, comenta: “A ginga, o povo, o sofrimento abafado pelo Carnaval e a alegria dos gestos resumem um pequeno retrato do Brasil.”
Balady Assessoria de Comunicação
Da Redação da PM:
Mestre da fotografia brasileira
Alberto Ferreira foi um fotojornalista por profissão e um documentarista por opção. Sua obra foi tornada comercial pelas mãos da Galeria Lume. Até depois de sua morte em 2007, as imagens de Alberto Ferrreira estavam adormecidas até que a Lume tratou de encarar o fotógrafo como celebridade, o que de fato ele é. Hoje seu acervo está nas paredes da galeria na condição de obra de arte, fineart como se convenciona no meio fotográfico.
Para quem é agnóstico em fotografia, Alberto Ferreira é autor da consagrada foto do Rei Pelé levitando em uma plástica bicicleta com a camisa da seleção brasileira, imagem que seria utilizada em selos dos Correios e que faz parte da coleção da Maison Européene de La Photographie, instituição que o considera como um dos maiores fotógrafos do século XX na companhia de nomes como Henry Cartier Bresson e Robert Doisneau.
Antes desta famosa foto, o fotógrafo já havia registrado outra imagem icônica de Pelé. A contusão sofrida por Pelé durante o jogo contra a Tchecoslováquia na Copa do Mundo de 1962, no Chile.