O aplicativo Uber veio para fraturar o modelo que rege a figura do táxi. Concessão? Placa da cidade? Influência política? Taximetro? Tudo isso parece estar com os seus dias contados. Em conversa com um motorista de Uber de Curitiba, ele revelou que pelo menos 25 que atuam na capital paranaense migraram para Balneário Camboriú durante a temporada de verão. Conversando com um segundo motorista este disse que desceu para Florianópolis e faturou muito durante o carnaval.
Na prática, os dois motoristas revelaram o enfrentamento de duas regras do Taxi: a concessão política de trabalho e o carro emplacado na cidade. Para o aplicativo, e tampouco para o usuário, isso não existe. A questão do taximetro já foi quebrada no DNA do aplicativo. O preço é fechado, não importa a quilometragem percorrida. Tem bandeira 2? Tem, mas o usuário sabe quanto vai pagar quando acessa o aplicativo. E não adianta este ou aquele taxista resistir porque seus dias estão contados.
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