Heleno.
O filme que retrata o polêmico centroavante do Botafogo, Heleno de Freitas, vi um pouco antes de entrar na quarentena, em DVD. Queria assistir fazia um bom tempo, porque meu pai jogou com Heleno uma temporada no Botafogo. Acabei o filme com a sensação de estar faltando um monte de coisas baseado no que Teixeirinha contava.
O filme é bonito. Em preto e branco. Rodrigo Santoro está muito bem no papel de Heleno. Ficou magérrimo para interpretar o Heleno doente, jogado num sanatório em Barbacena vítima de sífilis, algo que quem assistiu não ficou sabendo. A narrativa é confusa para quem conhece alguma coisa da trajetória do centroavante. Nem mesmo o apelido Gilda foi explorado fruto da rivalidade com a torcida do Fluminense. Isso porque com toda a certeza quem fez o filme baseou-se em notícias e, ainda assim, decidiu esconder o jogo, para ficar na linguagem futebolística, que, aliás pouco rolou durante as quase duas horas de duração. Faltou o relato dos companheiros, faltou nessa hora a história oral e a coragem de mostrar quem foi Heleno de Freitas.
Eu gostei desgostando. A parte mais legal é no final quando aparece uma série de fotos de Heleno de Freitas original, uma delas com meu pai posando com a gloriosa camisa do Fogão.